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6 de setembro de 2017

Documentado primeiro caso de falsificação de sinal GPS: uma nova forma de ataque electrónico

A 22 de junho, a Administração Marítima dos Estados Unidos apresentou um relatório sobre um incidente no Mar Negro. O capitão de um navio surto no porto russo de Novorossiysk informou que o seu GPS lhe dava a posição em lugar errado, a mais de 32 quilómetros dali, no interior do aeroporto Gelendjik.
Ao perceber isso, o capitão entrou em contacto com outros navios próximos e a surpresa foi que os seus sinais AIS – usados ​​para identificar automaticamente os navios, os colocavam todos dentro do mesmo aeroporto. Um total de 20 navios foram afectados e a conclusão a que chegaram alguns especialistas, mesmo sem confirmação oficial, foi que este seria o primeiro caso documentado de spoofing do GPS, ou seja, falsificação de sinal GPS.
O uso de spoofing (adulteração de sinal GPS) em tácticas militares é conhecido há anos, no entanto, não fora comprovado, até agora, que estivesse a ser usado em grande escala por qualquer país. A teoria diz-nos que este tipo de falsificação do sinal é capaz de esconder a localização de um objecto e colocá-lo noutro lugar, algo que poderá ser aproveitado por uma miríade de aplicativos.
Hoje, o maior problema que enfrentam as forças navais em relação ao GPS é o bloqueio, o que cria uma interferência no sinal confundindo o receptor e bloqueando-o. Para esses tipos de ataques, os receptores GPS estão equipados com um alarme que alerta quando perder o sinal, ou seja, é fácil de detectar quando alguém está a tentar bloquear o sinal do GPS.
No entanto, o bloqueio faz com que o receptor morra, enquanto a falsificação faz com que o receptor “minta” e, para este caso, não há alarmes ou formas de saber o que está a suceder, daí a preocupação com esta nova arma electrónica.
Fonte (c/ vídeo)

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